quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

‎[…] Eu precisava ligar para ele, eu não queria, mas eu precisava, eu queria ouvir sua voz só por mais um momento, ou talvez, dizer tudo aquilo que estava engasgado em minha garganta. Dizer tudo aquilo que eu sempre quis dizer, ou até mais que aquilo. Se ele desliga se, bem, eu ligaria de novo, e se ele não atendesse, eu deixaria um recado. E bem, eu só precisava falar algumas coisas, nada mais. Não iria demorar, e muito menos chorar. Seu número eu já sabia de cor.. e com alguns toques, ele atendeu.

— Alô? - Naquele momento pensei em desligar o telefone, mas ele não era nenhum idiota, ele sabia que era eu. Respirei fundo, e falei:

— Oi, sou eu.

Ele ficou em silêncio e eu também. Era um silêncio assustador, estava com medo de que ele desliga se o telefone, ou falar qualquer coisa que me magoasse mais do que eu já estava, e isso seria horrível. Depois de alguns segundos de silêncio ele prosseguiu a conversa.

— Oi.

— Oi, então, você tá muito ocupado? Eu queria te dizer umas coisas. Não vai demorar, eu juro.

— Pode falar.

— A muito tempo eu queria te ligar e dizer tudo o que ficou engasgado aqui desde da sua partida. Mas todas as vezes que eu pegava meu celular e discava teu número me faltava coragem, e então, eu desligava. Eu me sentia um pouco idiota por fazer isso algumas vezes no dia, e também sabia que você iria ser FRIO, e se eu falasse que eu sentia sua falta, você não iria dar a mínima. Pois como você sempre esteve ao redor de tantas mulheres, uma a menos não iria fazer a menor falta, você não acha? E tantas, e tantas vezes eu te procurei, tantas vezes queria escutar apenas um “estou bem, não se preocupe” tantas vezes fiquei sem dormir, pensando no que você estaria fazendo, e se estaria bem. Quantas vezes eu te mandei sms’s na esperança de receber uma resposta? Quantas sms’s minha tem no seu celular? Muitas não é? Ou, você apagou? Bem, isso não importa. […] Ainda se lembra das nossas músicas? Não? Sim? Eu me lembro, e escuto essa música quase o tempo todo. Pode parecer loucura, mas é um meio de sentir você, mesmo doendo por dentro. Sei lá, as vezes é bom escutar essa música, confesso que me alivia um pouco. E sabe, depois ando por ai, lembrando de ti. Parece loucura minha, mas não é, por mais que limpem o lugar o teu cheiro está ali. Impregnado nas cortinas, talvez. - risos - que loucura isto.

(Amor, eu te amo)

Você se lembra? Você costumava falar nos meus ouvidos quando eu não estava de bem contigo ou quando estava os dois calados, e me dizia que iria me proteger contra tudo. Sei lá, sinto falta. Sinto falta de tudo isso, de tudo que vivemos, sinto falta dos teus lábios nos meus, todo corpo colado ao meu, aquele beijo que só você sabia me dar, aquele que me fazia delirar. Aquele toque, que só você tem. Sinto falta de te ter perto de mim. […] Rii, nós nunca fomos aquele casal perfeito, eramos aquele casal que estava sempre discutindo um com o outro, dizendo besteiras, mas acima de tudo, nos nós amávamos! Bom, pelo menos eu lhe amava. Eu quero nós de volta, eu quero eu e você, eu quero teu beijo, eu quero sentir você novamente, eu quero ter aquelas briguinhas bobas de volta, eu quero que você volte a ser meu. Não dá mais, eu não consigo mais ficar sem ti. Sei lá, faz alguma coisa, vem aqui, me beija e me diz que ainda me ama e ainda pensa em nós. Me diz que eu sou a mulher da sua vida. Eu sinto sua falta, eu te amo.

A ligação caiu. =/

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Fazendo aqui uma pausa e supondo que o texto acabaria aqui, muito provavelmente você perguntaria: " Mas então não falas da liberdade de escrever?" ou algo assim do género, no qual eu respondiria " Se sois livre para escrever, escreve o que queres, além do mais que a opinião é tua, ora essa".