domingo, 29 de abril de 2012

A Deusa da Minha Rua Nelson Gonçalves A deusa da minha rua Tem os olhos onde a lua Costuma se embriagar Nos seus olhos eu suponho Que o sol, num dourado sonho Vai claridade buscar Minha rua é sem graça Mas quando por ela passa Seu vulto que me seduz A ruazinha modesta É uma paisagem de festa É uma cascata de luz Na rua uma poça d'água Espelho da minha mágoa Transporta o céu Para o chão Tal qual o chão de minha vida A minh'alma comovida O meu pobre coração Espelhos da minha mágua Meus olhos São poças d'água Sonhando com seu olhar Ela é tão rica e eu tão pobre Eu sou plebeu ela é nobre Não vale a pena sonhar

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Fazendo aqui uma pausa e supondo que o texto acabaria aqui, muito provavelmente você perguntaria: " Mas então não falas da liberdade de escrever?" ou algo assim do género, no qual eu respondiria " Se sois livre para escrever, escreve o que queres, além do mais que a opinião é tua, ora essa".