A passos ritmado segue. Ligado o automático, nada mas basta e tudo permanece. Realidade pausada na pausa do piscar dos olhos; bem, já passou o conhecido-desconhecido. Oi? Nada! Vagou novamente em pensamentos que não fincam. Ao longe uma buzina, um passo, uma conversa ou era um riso; o piloto pausa, direita, esquerda, primeira. Em um toque de realidade desenha na face traços de felicidade, cantarola um radio qualquer lá longe “...hoje eu quero sair só...” e aparece um espaço para um desenho de notas, então um murmúrio : massa. Pés pra que te quero; leva-me para meu aconchego. Parecem até escutar! Deixa conosco, falam as pernas, falam que os bêbados têm os santos poderosos, acho que na verdade, eles têm pernas amigas. E segue, segue e segue. Lá vai a carcaça perambulando pelas ruas, esbarrando em outros vultos, tropeçando e equilibrando-se. Ao longe parece até descansar, estaria dormindo? Bem, ao menos respira. Na intersecção ou talvez no ponto final, para tudo. Por favor, corpo uma dose de realidade! Grita a alma. E tudo ganha cores, cheiro, formas e conceitos. Bem acordei... Droga estou atrasado! Valeu pés amigos.
Guilherme Henrique
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Fazendo aqui uma pausa e supondo que o texto acabaria aqui, muito provavelmente você perguntaria: " Mas então não falas da liberdade de escrever?" ou algo assim do género, no qual eu respondiria " Se sois livre para escrever, escreve o que queres, além do mais que a opinião é tua, ora essa".