- Vai para um lugar escuro, pensa no momento que quer voltar e pronto.
Pensar nisso e só vim um lugar na cabeça... um trio elétrico no pré-carnaval de Janeiro de 2007.
Pensar em tudo que esse efeito borboleta podia ter causado. Me imaginar descendo do trio, conversando com ele, ficando com ele, estando com ele. E depois disso tudo que poderia ter acontecido e mudado. Imaginar ele me pedindo em namoro, indo lá em casa, entrando comigo nos meus 15 anos. De namorá-lo no recreio do colégio, nos jogos escolares, nas feiras de ciências, nos comícios, na calçada de casa, sentada na avenida Rio Branco.
Pensar em presenteá-lo com seu perfume preferido ou aquela blusa que eu vi na loja e achei a cara dele.
Pensar em beber no carnaval, trocar chocolates na páscoa, no são joão dançar agarradinho, no inverno proteger, no verão sair pra pescar, no outono conhecer, primavera pode gostar, no estio me derreter, pra na chuva dançar e andar junto ♫ .
Pensar em tudo que podia ter sido e não foi. O meu orgulho me faz morrer de saudades. E eu nem devia sentir saudades de algo que só me fez "sofrer". Algo que me trouxe muito mais tristezas do que alegrias, mais que fazia minhas pernas balançarem, meu coração disparar. Me fazia não saber o que fazer, dizer.
Pensar também em todas as brigas, discussões, ciúmes e até traições. Mais pensando também nas reconciliações, nos pedidos de desculpas, nas declarações de amor, nos sms surpreendentes, nos beijos inesperados.
Pensar em completar 1 semana, 1 mês, 1 ano de namoro. E depois mais e mais comemorações.
Pensar que ele podia está comigo quando recebi a notícia que tinha passado no vestibular, quando meu pai ganhou, quando meu irmão fez aniversário. Ir pra missa dia de domingo. Festas nos sábados a noite. Ir pro sítio, caçar passarinho, viajar. Ficar noivos. Acabar e reatar.
Eu nem sei quantas mudanças essa "volta no tempo" traria na minha vida atual.. talvez eu não estivesse nem aqui. Muito provavelmente não estivesse nem escrevendo nesse blog. Talvez ele pudesse tá aqui comigo. Talvez ele já tivesse saído da minha vida.
Ás vezes eu penso que eu podia ter descido e não ter mudado nada. (Talvez seja o mais confortável a pensar) Mas eu nunca vou saber. A não ser que eu tenha um Déjà vu. E o futuro (Deus) me proporcione uma nova chance de tê-lo fazendo parte de minha história novamente, já que o passado não voltará. Porém eu tenho muito medo dos meus desejos. Medo que eles se realizem. E que aquilo que eu quero/queria não seja aquilo que eu precise/mereça.
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Fazendo aqui uma pausa e supondo que o texto acabaria aqui, muito provavelmente você perguntaria: " Mas então não falas da liberdade de escrever?" ou algo assim do género, no qual eu respondiria " Se sois livre para escrever, escreve o que queres, além do mais que a opinião é tua, ora essa".