um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
e não maldice a vida tanto,
quanto era seu jeito de sempre falar
e não deixou-a só num canto
pra seu grande espanto convidou-a pra rodar
e aí ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
com seu vestido decotado, cheirando a guardado de tanto esperar
e aí os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
e cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar
e aí dançaram tanta dança que a vizinhança logo despertou
e foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
e foram tantos beijos loucos, tantos gritos loucos como não se ouvia mais
que o mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz
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Fazendo aqui uma pausa e supondo que o texto acabaria aqui, muito provavelmente você perguntaria: " Mas então não falas da liberdade de escrever?" ou algo assim do género, no qual eu respondiria " Se sois livre para escrever, escreve o que queres, além do mais que a opinião é tua, ora essa".