sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Enleio VI

Overdose dele.

E eu tinha dormido com a dúvida de como as coisas ficariam. O outro tinha ido embora. Mais o que ficou continuou aqui e tudo continuou como estava. Nem parecia que eu tinha tido uma DR com o seu melhor amigo na noite passada. Ele veio almoçar aqui e nem tocamos no assunto. Não nesse momento. Era como se nada tivesse existido. E ele cozinha muito bem. Camarões. E depois do almoço ficamos aqui conversando e depois fomos pra casa dele. E lá estava eu de novo. Não estava fazendo nada além de companhia. Mais era bom fazer companhia a ele e ter a companhia dele. Lá conversamos um pouco sobre o que tinha acontecido na noite passada. E ele disse que tava entendendo o que tava acontecendo. E eu pedi que me explicasse, porque eu não estava entendendo quase nada. E ele disse que não falaria nada. E nem podia. De todos os envolvidos, talvez ele fosse o que estivesse na pior situação. Era o amigo dele e a menina que ele ficaria. Quer dizer, que eu acho que ele ficaria. 

E no dia seguinte, lá estava eu de novo. Minhas tardes de terça, quarta e quinta foram iguais. E na sexta também tive o prazer de sua companhia no rodízio de pizza. E depois aqui assistindo TV. E então resolvemos sair com a galera. E depois de muitas cervejas, começou um jogo da verdade que culminou com uma pergunta não feita. Nem quando só estávamos nós dois, sozinhos, ele fez a tal pergunta. Mas, pelo visto, o jogo da verdade continuou e aquela mesa ouviu muitas verdades ditas por ambos. Eu disse que foi que tinha nos colocado naquela situação. E ele disse que não tinha o que fazer. Mas fez. Ele tentou me beijar. E mais uma vez eu escolhi o amigo dele. O amigo dele que nem estava ali, mais seria magoado por aquele beijo. O beijo não rolou. Imaginei também que nossa amizade não rolaria mais. Mas no dia seguinte, lá estávamos nos juntos de novo com a galera. Almoçando, lanchando, jantando... passamos o dia todo juntos. E ele continuou aqui até todo mundo ir embora. Ele não foi. Ficou e tudo transcorreu como era. E eu me balancei muitas vezes entre o que eu estava fazendo e o que eu deveria fazer. Tava "abrindo mão" de alguém que estava sempre comigo apesar de tudo. Que me tratava infinita vezes melhor, sem me dar, ao menos, um beijo. Não houve beijo. 

Naquele dia eu passei o dia inteiro refletindo sobre tudo. E o que eu mais temia acontecia, ele finalmente começou a me tratar diferente. E a "indiferença" dele me chocou. Apesar de estar lá na casa dele no domingo de novo, já não era mais a mesma coisa. Depois desse dia... só nós vimos quando ele precisou de um favor meu. E eu me disponibilizei sem pestanejar. Fui e iria. E vou sempre que ele, ou qualquer outra pessoa que precise e que esteja ao meu alcance, me chame.
E falando em chamar... depois desse dia, ele não me chamou mais. Não fui mais na sua casa, nem ele veio aqui. Não nos encontramos na rua. Nem marcamos pra sair. Fazem poucos dias que tudo "morgou". Seu amigo não veio mais aqui. E agora ele também não está mais. E eu acabei de ver que os dois saíram juntos pras baladas da vida. Enquanto isso eu tô aqui.. escrevendo o enredo dessa história que talvez até já tenha chegado ao fim. 

Enleio V

Lembra quando eu falei do presságio? Sabe aquele que estava sentado ao meu lado?
Bom.. ele permaneceu ao meu lado durante muitos momentos.

Primeiro um almoço em um lugar mais em conta, depois um sushi. E nesse dia do sushi, foi o primeiro dia que eu fui na casa dele. Nesse mesmo dia fomos ao cinema e foi legal ficar sem fazer nada com ele no shopping. Tudo era distração... procurar por nada em loja de variedades, jogar basquete no mundo dos jogos, brigar porque ele tava comendo a pipoca do filme antes da hora. Rss. O filme também foi muito bom, uma comédia nacional extremamente engraçada. Bom também foi o lanche depois e descobri mais uma semelhança: a preferência por mostarda!
Não bastasse a tarde inteira juntos, ele ainda passou aqui a noite e fumou um cigarro. Foi breve a sua vinda, mas foi importante... eu precisava tanto conversar com alguém e ele estava aqui.
No dia seguinte a programação foi ir ao beirute! E ouvir piadinhas por estar com o cabelo molhado.

Então eu viajei. E quando voltei, recebi um telefonema me chamando pra almoçar. Então eu fui. E lá eu recebi um telefonema do outro dizendo que vinha. E detalhe, que ia passar lá em casa. Só que eu não fui pra casa. Fui pra cada dele. Eu sabia que o outro não passaria na minha casa, antes de passar na casa do amigo. E eu fiquei lá assistindo filme. Eu e ele sabíamos que o outro estava vindo. E ele até comentou a respeito. A reação que ele teve ao me ver lá foi a quem do esperado. Ele disse que eu havia enganado ele, porque ele iria pra la. Embora eu soubesse que ele passaria primeiro ali onde eu estava. E então eu ouvi: - É que as vezes eu me esqueço que você sempre espera o pior de mim. Eu não esperava o pior. Eu só não esperava nada. E por não esperar nada, tudo me surpreendia. Inclusive o sandubinha tão bem preparado. 

Dali, o combinado era ir ao cinema. Mais declinei do convite, era um filme de terror. E eu tenho medo de filmes de terror. Mas eu fui. Me arrependo inúmeras vezes de ter ido. Mas fui. E lá ele que sempre estava na minha frente, sentou ao meu lado, e quem sentava ao meu lado, sentou longe de mim e embora tivesse prometido segurar minha mão quando eu tivesse medo, não o fez, porque estava distante. No cinema, o tempo não passava, minha única distração foi um beijo inesperado. E só. Depois do cinema, fomos ao posto, como de costume. Mais ali não demoramos muito. E então eu ouvi um: - Essa é a hora de eu ir embora? Sim.. essa é a hora. E eu fiz: - Você não vai com seu amigo? E ele disse: - Não, estou me convidando para ir pra sua casa. E então pegou na minha mão e veio. Eu não tava imaginando aquela cena. Fazia tanto tempo que a gente tava junto e agora, na hora ir, ele pegou na minha mão. Quantas vezes eu queria que ele tivesse pego na minha mão durante o filme e mesmo ele estando ao meu lado, ele não pegou. Tirando o beijo que ele havia me dado, o celular tinha sido sua principal distração no filme. Eu fechei a cara. Fiquei arretada e chegando aqui, metralhei tudo em cima dele. Minha abordagem foi agressiva e ele quase não teve como se defender. E nem o fez. Apenas se levantou e disse que ia embora. Que não se sentia mais a vontade ali. E foi. 

Fiquei sozinha aqui, E muito arretada. Liguei para o amigo dele e avisei que ele tinha saído daqui e estava indo. Ele me interrogou para saber o que tinha acontecido. Eu não tinha muito o que dizer, afinal não houve uma conversa. Em um monólogo, não dá nem se que discussão. A única coisa que eu ouvi era que a gente tava ficando (a gente tava ficando?). E se estava, depois daquele momento eu tive dúvida se ainda estivesse ou iria ficar de novo. E tudo o que eu quis era: Você ainda será meu amigo? 


Ainda na mesma noite eu me resolvi com o outro. Mais fui dormir sem saber se as coisas ainda seriam as mesmas com eles...


to be continued

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Cuidado com o que você deseja, pode se tornar realidade.”

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A PIPA E A FLOR

Poucas pessoas conseguiram definir tão bem os caminhos
do amor como Rubem Alves, numa fábula surpreendente,
cujos personagens são: uma pipa e uma flor.
A história começa com algumas considerações de um
personagem que deduzimos ser um velho sábio.
Ele observa algumas pipas presas aos fios elétricos e aos galhos das árvores e afirma que é triste vê-las assim,
porque as pipas foram feitas para voar.
Acrescenta que as pessoas também precisam ter
uma pipa solta dentro delas para serem boas.
Mas aponta um fator contraditório: para voar, a pipa tem que estar presa numa linha e a outra ponta da linha
precisa estar segura na mão de alguém.
Poder-se-ia pensar que, cortando a linha, a pipa pudesse
voar mais alto, mas não é assim que acontece.
Se a linha for cortada, a pipa começa a cair.
Em seguida, ele narra a história de um menino que
confeccionou uma pipa.
Ele estava tão feliz, que desenhou nela um sorriso.
Todos os dias, ele empinava a pipa alegremente.
A pipa também se sentia feliz e, lá do alto,
observava a paisagem e se divertia com as
outras pipas que também voavam.
Um dia, durante o seu vôo, a pipa viu lá embaixo uma
flor e ficou encantada, não com a beleza da flor, porque
ela já havia visto outras mais belas, mas alguma coisa nos olhos da flor a havia enfeitiçado. Resolveu, então, romper a linha que a prendia à mão do menino e dá-la para a flor segurar. Quanta felicidade ocorreu depois!
A flor segurava a linha, a pipa voava; na volta, contava
para flor tudo o que vira. Acontece que a flor começou a
ficar com inveja e ciúme da pipa. Invejar é ficar infeliz
com as coisas que os outros têm e nós não temos;
ter ciúme é sofrer por perceber a felicidade do outro
quando a gente não está perto. A flor, por causa desses
dois sentimentos, começou a pensar: se a pipa me amasse
mesmo, não ficaria tão feliz longe de mim... Quando a pipa voltava de seu vôo, a flor não mais se mostrava feliz, estava sempre amargurada, querendo saber com quem a pipa estivera se divertindo. A partir daí, a flor começou a encurtar a linha, não permitindo à pipa voar alto. Foi encurtando a linha, até que a pipa só
podia mesmo sobrevoar a flor.
Esta história, segundo conta o autor, ainda não terminou
e está acontecendo em algum lugar neste exato momento.
Há três finais possíveis para ela:

1 - A pipa, cansada pela atitude da flor, resolveu romper a linha e procurar uma mão menos egoísta.
2 - A pipa, mesmo triste com a atitude da flor, decidiu ficar, mas nunca mais sorriu.
3 - A flor, na verdade, era um ser encantado.
O encantamento quebraria no dia em que ela visse a
felicidade da pipa e não sentisse inveja nem ciúme.
Isso aconteceu num belo dia de sol e a flor se transformou numa linda borboleta e as
duas voaram juntas.
Rubens Alves

Brinca com coisa séria e briga por besteira.



Com essa cara confusa você me pergunta:

- Tá tudo bem?
- Sinto muito. - eu respondo.

Não tenho muita certeza do que é sentir muito. 
Não entendo a razão de se medir o sentir.
Acredito que a coisa esteja entre simplesmente sentir e fazer sentido.
Sinto saudades e dores. 
Sinto o cheiro da chuva que há tempos não castiga a terra e liberta meus pulmões. 
Sinto frio. Me sinto só. Sinto fome. 
Sinto minha garganta presa em nó. 
Sinto dó. Só sinto. Sucinto.
Mas por via das dúvidas, já que você veio perguntar se estava tudo bem, eu digo que sinto muito.
Afinal, quem não sente, vivo é que não está.
Quem sente pouco, sobrevive.

E eu?Sinto muito.

Texto por: Quimeras

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Enleio IV

É sexta.

E eu passei o dia todo na sombra de uma notícia ruim.
Com sorte, fui almoçar com a galera. Fato esse que me tirou do choro. E colocou um sorriso em meus lábios. Há companhias que são sempre agradáveis. E aquele almoço era só o começo...

Quem estava ao meu lado no bar, esteve também ao meu lado no restaurante.
Literalmente e metaforicamente: ao meu lado.
E, apesar de eu ter ficado com seu amigo na quarta-feira passada... as indiretas ainda faziam parte do vocabulário dele. Pelo visto, nada havia mudado. E eu ainda ouso e colocar um: ainda bem!

Faltei o inglês. Não pela expectativa que o outro poderia realmente vir. Até aquela altura ainda era tudo incerto. E eu embora agoniada. Preferia fingir que não estava ligando.
Sushi foi a razão da minha falta. Sushi.. sempre resolvendo meu problemas emocionais. E talvez, até me criando problemas também. Mas essa história do sushi merece um post próprio, em outra ocasião.

Depois do sushi, fui para o encontro da galera. Dessa vez eu não era a mais atrasada. O outro ainda não havia nem saído da sua casa para o nosso encontro. Enquanto que aquele que costumava sentar ao meu lado, estava sentado na minha frente. E não muito tempo depois da minha chegada, decidi sair e sentar na calçada para chorar minha mágoas. Ainda ressacada pelo abalo da notícia ruim. E depois de um velho amigo, eis que ele chega afim de consolar minhas dores.

Essa oportunidade de ficar sozinha com ele nos permitiu aproximarmos por estarmos sentindo "dores parecidas". Ele havia acabado de perder o emprego. E eu havia acabado de reprovar um etapa importante. Haviam diversas outras semelhanças que nos "unia". Ter um jeito parecido, mesmo signo, mesmo time, mesma escola, mesmo professoras. Assunto nunca faltava. E conversar com ele era sempre agradável. Ele me fez sorrir. Me levou pra dentro de novo. E dividiu algumas dose de alcatrão comigo. A noite estava divertida até que...

O bar fecha. E no posto encontramos um boy da minha amiga. Sozinho. E isso significava que ela havia ficado em casa. Sozinha. E eu fui lá. Ao encontro dela e na busca de resolver essa questão.
Depois de algum tempo, ela decidiu vir conosco. Eu estava descalça e descalça permaneci. Acho fantástico utilizar a expressão: queria está com os pés no chão. Eu estava. Mas só literalmente.

Quando chegamos no antepenúltimo local que iriamos naquela noite, ele já estava lá. Alias, eles.
Nem me recordo onde cada um estava sentando. Pois não cheguei a sentar. Entre idas e vindas, telefonemas, canções, fotos, choros, microfones e cerveja. Eu nem dei muita atenção, assim como também não recebi.

Só no penúltimo destino daquela noite é que paramos, sentamos e conversamos um pouco. A sós. E mesmo assim pouco. Era quase impossível estabelecer um diálogo com ele. Sem mistérios, dramas, ordens ou "promessas". O outro estava lá o tempo todo.

O fim dessa noite já era dia. E foi subindo lá em casa pra fazer xixi que eu recebo um beijo. Um beijo de verdade. Um beijo de quem parecia que estava querendo me beijar a noite toda. E foi um beijo bom. Depois desse beijo ele se foi. E eu já estava em dúvida se ele merecia um até logo ou se eu permanecia na filosofia do adeus.

Ao seu amigo, dei um até breve. Eu imaginei que teríamos muitos momentos pra conversar, afinal, agora estávamos na mesma situação.



to be continued...

Enleio III

Eu precisava achar um título para essa trama!
Eis que surge a partir de...

con·fu·são 
(latim confusio-onis)
substantivo feminino
1. .Ato ou efeito de confundir ou de se confundir.
2. Estado do que não tem ordem interna ou tem mistura dos seus elementos constituintes. = ANARQUIABARAFUNDADESORDEM
3. Grande concorrência de pessoas ou coisas.
4. Falta de ordemde métodode clareza.
5. Engano ou erro na distinção de pessoas ou coisas (ex.: confusão de datasfiz confusão). = EQUÍVOCO
6. Grande movimento de pessoas acompanhado de ruído de vozes e de gritos. = MOTIMTUMULTO
7. Perturbação (ex.: confusão mental).
8. Embaraçovergonha.
9. Enleio.

en·lei·o 
substantivo masculino
1. .Ato ou efeito de enlear.
2. Coisa que enleialiame.
3. Perturbaçãoembaraço; perplexidade.

enleios
substantivo masculino plural
4. Voltas.
5. [Botânica .Gênero de convolvuláceas parasitas.

enleio de amor• Paixão amorosa.

en·le·ar Conjugar
verbo transitivo
1. Ligaratar.
2. Entrelaçar.
3. Envolverembaraçarconfundir.
4. Tornar perplexo.
5. [Figurado]  Enlevar.
verbo pronominal
6. Prender-seenredar-se.
7. Perturbar-seficar indeciso e perplexo.


Bom.. acho difícil achar um título que seja mais adequado.

Nomeando os textos anteriores em 3..2..

Enleio II

Escrever!
Como eu amo escrever! Escrever talvez seja o que eu faço de melhor.
Quando escrevo tenho plena convicção que consigo ser inteiramente verdadeira.
As vezes, nem sempre original, por vezes muito dramática.. mais sempre verdadeira.

Tão verdadeira, que aqui é o único lugar no mundo em que consigo desabafar sem "enfadar" alguém com os meus devaneios.
Quase como uma criança escrevendo em seu diário, e crianças não mentem. Eu também não preciso mentir. Pelo menos, não aqui. Aqui eu desdobro pensamentos soltos, e faço reflexões profundas sobre as coisas acontecidas, que estão acontecendo e minhas perspectivas para o que possa acontecer.

Recentemente, escrevi aqui um história para organizar as ideias. De fato.. passar para o "papel" esclarece os fatos pois escrever me exige exercícios de memória fantásticos. Por exemplo, eu não lembrava que titulo eu havia dado para a primeira parte dessa "saga". O que acontece, é que eu não havia dado título algum. Não ainda.

Essa história me exige um jogo de cintura inenarrável, o situação é tão delicada que merece um título inexoravelmente criativo. Rss. Algo que consiga transmitir o que eu sinto! (É perturbador só vir uma palavra na minha cabeça: CONFUSÃO). Mas na otimista esperança que tudo acabe bem.. me recuso a nomear essa história assim. Ela irá continuar sem título, ainda, até que eu consiga definir um título adequado para "tal obra".

E é só aqui que eu consigo organizar as ideias, já estava agoniada para escrever. Se passaram exatos 21 dias desde que escrevi isto:

"Bom. Ele tá vindo amanhã. E eu tive a chance de ficar com o amigo dele hoje. E não fiz, embora tivesse pensando em fazer. E talvez farei. Ou não farei. Ou cairei fora. Ou perderei a graça."

Bem, ele veio.

Quis até que eu faltasse o inglês para espera-lo chegar, coisa que não fiz. Veio. E ter vindo já representava alguma coisa. Embora eu insistisse na ideia de nunca esperar nada dele. E mesmo já tendo furado várias vezes, inclusive comigo, ele veio. Ele tava aqui e ele queria me ver.
Seu amigo também estava aqui, também sairia conosco, e talvez também quisesse me ver.
Eu não estava lá. Ainda. Mas queria profundamente vê-los. Seria a segunda vez que estaríamos os três novamente. Só que dessa vez era diferente. Da primeira vez eu não os conhecia, foi algo repentino e passageiro. De repente eu conheci duas pessoas. Uma foi, e outra ficou. O que ficou, foi ele, ele que depois foi embora e sumiu. O que havia ido embora anteriormente, reapareceu e agora tinha acabado de me colocar nessa situação novamente. Aliás, nos colocar.

Até minha menstruação quis fazer parte desse momento. Antes de ir.. passei em casa. E depois de uma velha carona, com um velho amigo... eis-me que eu chego no lugar marcado. Totalmente atrasada, só pra constar, mais isso aumentava o êxtase daquele momento.

Duas mesas, seis lugares, uma cadeira vazia. Hoje eu consigo enxergar um verdadeiro presságio.
Um a minha frente, outro ao meu lado.
A disposição das cadeiras na mesa me permitia isso. Eu só havia uma opção para sentar. Eu não escolhi o lugar da mesa. Eu apenas sentei. E sentando eu estava na frente dele. E ao lado do outro.

Me recordo de ter chegado lá com a sensação de que aquele encontro seria memorável. E o melhor... eu estava completamente livre para viver aquela noite, de todas as possíveis formas que ela poderia desenrolar-se e enfim fazer a "minha escolha". Não existia carta marcada. Apenas interesses subjetivos. Todo e qualquer relacionamento é um jogo de interesse. Não deixa de ser. Eu só queria... bom! Eu não sei o que eu queria ou o que eu quero ainda. Mais naquela noite, eu queria escolher! Ou melhor, ser escolhida. Por aquele que fosse mais ousado e que chegasse chegando. Como se chega quando se quer alguma coisa. E eu queria que me quisesse. Quem não quer ser querida? "Oh, querida!"

No bar, até pela proximidade das cadeiras, foi inevitável não ficar "mais próxima" de quem estava ao meu lado, embora fosse intensamente interessante a troca de olhares com o que estava em minha frente. Torna-se até engraçado recordar que depois que saímos daquela bar, era bizarro andar com eles. Ao encontro de uma árvore, eu tinha sempre a difícil decisão de ir pela direita ou esquerda. Se ia pelo lado de um ou do outro. Com bastante nitidez recordo ter escolhido um lado de cada vez. Mas apesar do esforço mental, não recordo qual tenha sido primeiro.

Eis que um motivo fisiológico afastou um de perto de mim: o xixi! Rss.
E o outro não tinha tempo a perder, aproveitou o momento para perguntou de "nós". Pra mim ainda só havia eu e ele separado. Ele tinha muito o que me explicar desde que nos vimos pela ultima vez. Foram muitos dias de espera. E era totalmente compreensível que eu não o esperasse com uma festa. Mas ele estava disposto a mudar isso. Colou em mim. Colou no meu pé do ouvido. Colou até conseguir um beijo. E esse beijo foi a minha escolha. Beijando um, eu afastava de vez toda e qualquer chance que teria com o outro. E mesmo toda a cautela do mundo que eu queria ter tido naquela noite, eu beijei. Eu beijei como prova de que ele estava perdoado por todos os atropelos no percurso que permitiram que ele tivesse se ausentado por tanto tempo.

Beijar alguém em uma roda de amigos, é para obviamente esperar comentários e piadinha do tipo: "E esse namoro aí?" "Guarde o lugar de seu namorado.." "Será que seu namorado vai achar ruim de me ver dançando ctg?" Ele não é meu namorado. Dancei, como dançaria e danço. Sempre que tenho vontade. Mas nem sempre faço tudo que tenho vontade, embora tente, as vezes.

Fiquei com ele e foi bom. Aí o dia amanhecer e ele foi embora. E eu disse adeus, ao invés de até logo. Ninguém deve cometer o mesmo erro duas vezes. Ele disse que voltaria o quanto antes. E eu apenas não esperei nada dele. (Pelo menos eu não queria esperar).

Era quarta. A promessa era pra sexta..


to be continued...

terça-feira, 14 de outubro de 2014

terça-feira, 7 de outubro de 2014

20 lições de vida!

1 ) Aceite que há dias em que você é o pombo e outros em que você é a estátua.

2 ) Mantenha sempre suas palavras leves e doces pois pode acontecer de você precisar engolir todas elas.

3) Só leia coisas que faça você se sentir bem e ter a aparência boa de quem está bem, caso você morra durante a leitura.

4) Dirija com cuidado. Não só os carros apresentam defeitos e têm recall do fabricante.

5) Se não puder ser gentil, pelo menos tenha a decência de ser vago.

6) Se você emprestar R$200,00 para alguém e nunca mais vir essa pessoa, provavelmente valeu a pena pagar esse preço para se livrar dela.

7) Pode ser que o único propósito da sua vida seja servir de exemplo para os outros.

8) Nunca compre um carro que você não possa manter.

9) Quando você tentar pular obstáculos lembre-se que está com os dois pés no ar e sem nenhum apoio.

10) Ninguém se importa se você consegue dançar bem. Para participar e se divertir no baile, levante e dance, pronto.

11) Uma vez que a minhoca madrugadora é a que é devorada pelo pássaro, durma até mais tarde sempre que puder.

12) Lembre-se que é o segundo rato que come o queijo – o primeiro fica preso na ratoeira. Saiba esperar.

13) Lembre, também, que sempre tem queijo grátis nas ratoeiras.

14) Quando tudo parece estar vindo na sua direção, provavelmente você está no lado errado da estrada.

15) Aniversários são bons para você. Quanto mais você tem, mais tempo você vive

16) Alguns erros são divertidos demais para serem cometidos só uma vez.

17) Podemos aprender muito com uma caixa de lápis de cor. Alguns têm pontas aguçadas, alguns têm formas bonitas e alguns são sem graça. Alguns têm nomes estranhos e todos são de cores diferentes, mas todos são lápis e precisam viver na mesma caixa.

18) Não perca tempo odiando alguém, remoendo ofensas e pensando em vingança. Enquanto você faz isso a pessoa está vivendo bem feliz e você é quem se sente mal e tem o gosto amargo na boca.

19) Quanto mais alta é a montanha mais difícil é a escalada. Poucos conseguem chegar ao topo, mas são eles que admiram a paisagem do alto e fazem as fotos que você admira dizendo “queria ter estado lá”.

20) Uma pessoa realmente feliz é aquela que segue devagar pela estrada da vida, desfrutando o cenário, parando nos pontos mais interessantes e descobrindo atalhos para lugares maravilhosos que poucos conhecem.

Enleio I

E quando eu me encontro "confusa" é aqui que descarrego as ideias afim de organiza-las.
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E para entender o enredo da trama, é preciso voltar para o dia 27/06 que foi quando a gente se conheceu.


E eu estava em mais uma "bad". Havia semanas que eu não estava bem com o "baby"... e o problema de tropeçar na pedra é sempre apegar-se a ela. Embora ninguém escolha sofrer, algumas vezes nos acostumamos com o sofrimento e adiamos o término de coisas por vezes já acabadas.  

E entre um choro e outro no travesseiro, eis que surgem as festas de São João. E eu fui, como sempre fui e iria. E fui... era quase o último dia e tudo que eu não queria era conhecer alguém. Mas eu conheci. Eu conheci alguém que não perguntou se a casa estava vazia e podia entrar, simplesmente entrou como quem já estava aqui a muito tempo. Sentou no sofá, colocou o pé no centro, pediu uma cerveja e me vendeu a ilusão de dias inteiros, enquanto tudo que a gente tinha era apenas aquela noite.

Embora não estivesse com os pés no chão, eu estava literalmente descalça. Descalça e descabelada. Descalça, descabelada e desprovida de argumentos para combater um "linda" fora de hora. E ele nem sabia dançar e conseguiu ser a melhor companhia daquela noite. Ele era tão engraçado e exagerado, que pra mim não foi surpresa minha atração repentina. Eu não queria ninguém, ele pelo visto queria alguém. Naquela noite o "alvo" foi eu, e eu nem me importaria de ter aproveitado e ter visto ele ir embora se ele não tivesse me vendido a ilusão do ficar. Do "outra vez", do "de novo", do "o quanto você é incrível e como eu adorei te conhecer". Ele vendeu e eu comprei. Assim como se compra algo que tá exposto na prateleira de um supermercado. Eu aceitei a ideia que as vezes as pessoas podem surgir do nada e mudar todo o percurso programado. Ele podia ser a exceção, um em milhão. Mais foi só mais um que se foi.  Que sabia que não iria voltar mais deu um "até logo". Vou ali comprar o pão enquanto você fica aí me esperando. 

Ele se foi. E não deixou um bilhete, um telefone, um sinal fumaça, um recado com algum amigo. Se foi, como se vai quando se quer ir. E foi. Por sorte, não guardo mágoas. No máximo três dias ou até a próxima desilusão. Que nem esperou muitos dias para acontecer, visto que sempre existem quartas no meio da semana. E quartas me lembram o quanto é idiota gostar de alguém. 


QUADRILHA

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.


Então começa a parte 2:

Sabe quando você tá quieta e de repente se vê no olho do furacão? Aquele momento em que está prestes a entrar em uma briga sem nem saber o real motivo? Que o mundo gira com tanta velocidade que torna-se quase impossível não ficar tonta...
Então, eis que depois de um "dona" fora de hora eu ganho um novo amigo. Que é amigo de uma amiga que tem uma amiga que gosta dele e por tabela ela já não deve gostar muito de mim. Por arte do destino, ela que gosta dele tem outra amiga que também ficou com cara citado lá em cima. Tá difícil de entender? Imagina sentir tudo isso. E pra completar: eles são amigos.

Pra tentar exemplificar: 
 Eu que fiquei com ele, que ficou com ela que é amiga dela que gosta dele que quer ficar comigo.

Existe um milhão de maneiras de resolver essa equação. A mais fácil delas, seria simplesmente: não se envolver. Mas eu já estava envolvida. Porque ele simplesmente chegou e preencheu um vazio findando. Eu afim de conhecer pessoas novas, e ele pelo visto afim de me conhecer. E a conversa fluiu naturalmente e foi "tudo tão rápido entre a gente". Mas ele é doido. Inconstante. Sempre engraçado, mas por horas distraído. Não sei direito o que quer. As vezes sei e não acho direito, as vezes nem sei o que é direito, as vezes é absurdo falar de direito. Logo DIREITO!.O curso dela, que ama ele e amaria que fosse recíproco. Mas não era. E já não era mesmo antes que eu aparecesse. E pela confusão que ele me causa, as vezes não sei se ele se interessa em mim. Ou no fato de que seria necessário ela perceber que ele "tá em outra" ou pelo menos com outra. Só resta saber se eu aceito o cargo. Se aceito resolver os problemas alheios me envolvendo em mais problemas. 


Então, se não bastasse esse conflito interno entre o ir e ficar, ficar aqui e não ir. Ele tem a ideia de me adicionar no grupo deles. E adivinha quem também fazia parte desse grupo? Pois é.. "ele". 
Foi quase que instantâneo ser adicionada e vê uma janelinha individual subindo e dizendo "Oi, como vc está?! Quanto tempo.. olha eu queria dizer que não deu pra ir naquele dia". Rss. Depois de quase 3 meses eu nem lembrava mais desse "bolo". 
Chegou um momento que em que eu conversava com os dois amigos. E com a turma toda. E tinha até um pouco de receio sobre o que eles conversavam entre si, se conversavam. Era quase como um teste me esquivar de cantadas indiretas de ambos os lados. Sem me decidir e sem seguir. Continuo indecisa.

E o que me motivou a escrever isso hoje foi ouvir um: "eu não vou insistir, respondo a sinais e você só me dá fora" 
Então me diga como você queria me encontrar depois de tanto tempo? Esperava uma festa com sua chegada? Eu sinto muito... embora não guarde mágoas, eu não tenho memória curta afim de me iludir com seus exageros. Até porque corro o risco de tá afim de seu amigo. E se eu ficar com ele "tudo" entre nós acabaria. Mas como algo que nunca existiu pode acabar? E se eu ficar com você será que será com foi naquela dia? Surreal. Ou será que esse é um jogo de cartas marcadas e eu sou a única que não enxergo com nitidez o desfecho dessa história...?

Bom. Ele tá vindo amanhã. E eu tive a chance de ficar com o amigo dele hoje. E não fiz, embora tivesse pensando em fazer. E talvez farei. Ou não farei. Ou cairei fora. Ou perderei a graça.

Enfim... quem viver verá. E sendo pra ser, será!